Ilha do Faial II

quinta-feira, julho 13, 2017

"Verde que te quiero vierde. Verde viento. Verdes ramas. El barco sobre la mar y el caballo en la montaña" Federico García Lorca


Saímos da Caldeira, que estava envolta numa nuvem, em direção ao Vulcão dos Capelinhos. Agora por estrada principal. Este vulcão entrou em erupção no mar, em 1957 e esteve em atividade durante 13 meses, fazendo aumentar a área da ilha e deixando quase soterrado o Farol dos Capelinhos.

Eu guardava uma memória triste do local, quando o visitara, há 23 anos atrás. Era um dia escuro e todo o espaço em volta era negro e na altura, no Museu Geológico do Vulcão, existente no local, podiam ver -se as fotos, a preto e branco das erupções e das pessoas obrigadas a sair dali e abandonar as suas casas ( muitas emigraram para os EUA). Guardei por isso uma memória mesmo cinzenta. Desta vez regressei num dia de sol e surpreendi-me quando vi, que já começa a aparecer algum verde, no meio daquele negro.

Vulcão dos Capelinhos

Hoje o topo do Farol está transformado em miradouro a que é possível subir e, por baixo deste, funciona o Centro Interpretativo do Vulcão, edifício de Arquitetura moderna, inaugurado em 2008, que alberga exposições permanentes sobre o vulcão e outras temporárias. 
Como nos "perdemos" a fazer fotos na paisagem do vulcão e sendo já tarde, acabámos por almoçar apenas umas sandes e umas imperiais, dentro do Centro Interpretativo, um espaço arquitetónico invulgar onde se está bem...

Percorremos depois a costa com o objetivo de chegar à Horta mas encantámo-nos com a Praia de Porto Pim onde só apetecia ficar e mergulhar. Em frente situam-se vários restaurantes, entre eles o restaurante Genuíno, conhecido pelos pratos de peixe e produtos açorianos, mas também pela decoração que mostra as viagens de volta ao mundo feitas pelo seu dono.
Praia de Porto Pim

Subimos depois até ao Miradouro do Monte da Guia com vista para a Praia de Porto Pim, para o centro da cidade e donde se pode avistar a Caldeira do Inferno.

Caldeira do Inferno

Por fim chegámos à Marina da Horta que percorremos a pé, observando as pinturas realizadas pelos velejadores que param de barco na cidade da Horta porque, reza a tradição, que se o velejador não fizer uma pintura, poderá ter azar na viagem de regresso.

Marina da Horta

Há pinturas já a perderem a cor, outras novas estão sempre a aparecer,  e outras são renovadas e acrescentadas pelos velejadores em cada regresso à ilha.
Ainda com pretensões de ver melhor a cidade da Horta, entrámos no Peter Café Sport, que durante muitos anos era o sitio onde os velejadores tomavam uma refeição quente, depois de várias semanas no mar. Serviu também e serve de posto de correio no meio do Atlântico.

A partir daí e porque era um dia de muito calor, só me lembro de ali termos ficado a beber Gin Tónicos e a observar marinheiros, quase esquecendo a hora de regresso da lancha para o Pico!


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